Na próxima época que classificação conseguirá o FC Paços Gaiolo?

domingo, 27 de dezembro de 2009

Resende vence em casa do candidato Arguedeira

Arguedeira - 1
Resende - 2
Marco (gr), Roger (Rui Dias 45´), Paulo, Adão, Daniel, Carlitos, Esteves (75´), Hugo, Caê (cap.), Ricardo Silva (Ricardinho 65´), Rui Felisberto

Suplentes não utilizados: Wilson (gr), Pedro Teixeira, Damien, Pataco

1 - o (50´)

1 -1 (Caê gp 55´)

1 - 2 (Rui Felisberto 70´)


domingo, 20 de dezembro de 2009

Resende empata em casa com candidato à subida

Resende 1 - 1 Castro Daire
Marco (gr), Pedro Teixeira (Roger 85´), Paulo, Adão, Daniel, Carlitos, Esteves (Pataco 75´), Caê (cap), Ricardinho (Ricardo Silva 80´), Nesco, Rui Felisberto

Não utilizados: Wilson (gr), Bajardas, Rui Dias, Bino.

golos:
1 -0 (Adão 30´)
1-1 (? 45´)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Resende faz a melhor exibição da época mas é derrotado em casa do líder


Ferreira Aves - 3
Resende - 2
Marco (gr); Pedro Teixeira, Paulo, Adão, Ferro (João Ricardo 35´), Carlitos, Pedro Esteves (Bajardas 80´), Caê (cap.), Nesco, Daniel, Rui Felisberto (Roger 75´)

Suplentes: Wilson (gr), Bino, Damien.


1-0 (minuto 1)
1-1 (Caê 15´)
2-1 (minuto 30´)
2-2 (Caê 55´)
3-2 (65´)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Juniores no plantel sénior


A pedido do visitante "socio do Resende" que postou em 11/Dez/09 às 11.34h:

Os escalões do G.D.Resende (seniores, juniores e juvenis) têm defenido um Modelo de Jogo Adoptado (não confundir com sistema táctico) comum, o que permite que os atletas joguem nos diversos escalões com facilidade. Os grandes princípios tácticos e estratégicos são os mesmos.

Assim, esta época, os juniores que fazem parte do escalão sénior são os seguintes:


- Hugo Monteiro (júnior de 2º ano);
- Rui Felisberto (júnior de 2º ano);
- Damien (júnior de 2º ano);
- Daniel (júnior de 2º ano);
- Roger (júnior de 2º ano);
- Pedro Teixeira (júnior de 1º ano).

No plantel estão também os ex juniores:

- Wilson (gr)
- Pataco
- Rui Dias

Uma referência muito positiva para estes atletas que têm sido utilizados regularmente em todos os jogos, nomeadamente no 11 inicial, o que significa que têm grande qualidade desportiva.

O Filipe Campos é um jogador que está inscrito como júnior/sénior, embora esteja a treinar e jogar apenas nos juniores.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Resende perde jogo em atraso

Alvite - 1

Resende - 0
Marco (gr), Daniel, Paulo, Adão, Ferro (Bino 35´), Roger, Esteves, Caê (cap), Nesco, Ricardinho (Bajardas 70´), João Ricardo

Suplentes não utilizados: Carlos (gr), Wilson (gr), Filipe Campos



1-0 (minuto 15´)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Para ti Ismael...

Hoje mesmo o "nosso" Ismael fez 24 anos. Foi o mais recente reforço a integrar o nosso grupo, não marca golos, não faz assistências, nem desarma os adversários...mas a sua prestação é tão ou mais importante do que isso...
Quando ao minuto 65 o nosso grande capitão Caê faz o golo do empate e se dirige à bancada dedicando-lhe o golo, todos nós nos revimos nesse gesto de gratidão e reconhecimento.

Parabéns Ismael!!

Resende amealha mais 3 pontos

Estádio Municipal de Fornelos, cerca de 150 pessoas

Resende - 2
Marco (gr), Rui Dias, Nesco, Adão, Ferro (Roger 55´), Carlitos, Daniel, Caê (cap), Bino (Ricardinho 55´), João Ricardo (Rui Felisberto 75´), Pedro Esteves.

suplentes não utilizados: Carlos (gr), Bajardas, Pataco, Ricardo Silva.

Vilamaiorense - 1

ao intervalo 0 - 0
0 -1 (César 53´)
1-1 (Câe 65 ´)
2-1 (Rui Felisberto 80´)

domingo, 29 de novembro de 2009

Neve, interrompe Alvite x Resende



Alvite - 1 (golo ao minuto 43)


Resende -0
Carlos (gr), Daniel, Perdro Teixeira, Paulo (duplo amarelo: 19 e 20 minutos), Ferro, Carlitos, Esteves, Caê, Nesco, Bajardas, João Ricardo
Suplentes: Marco (gr), Roger, Pataco, Bino, Ricardo Silva e Rui Felisberto

jogo interrompido ao intervalo devido a forte nevão

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Derbi duriense acaba empatado

Resende - 1
Marco (gr), Daniel, Paulo, Adão, Ferro (Roger 45´), Carlitos, Pedro Esteves, Caê, Ricardinho (Pedro Teixeira 75´), Rui Felisberto e João Ricardo.
Não utilizados: Carlos (gr), Ricardo Silva, Bino, Rui Dias, Pataco

Oliveira do Douro - 1


Um Resende x Oliveira do Douro é sempre um jogo com um ambiente emocionante devido ao elevado número de espectadores que assistem e estes duelos. O jogo de ontem, apesar da chuva, não fugiu à regra e no “velhinho” estádio de Fornelos estiveram cerca de 300 pessoas.

A equipa do Resende na 3ª posição, com 9 pontos, recebia o conjunto de Oliveira com 10 pontos, repartindo o 1º lugar com o Arguedeira.
O jogo começava com o Oliveira a obrigar o Resende a defender perto da sua área, as oportunidades de golo foram surgindo junta da baliza Resendense. A equipa da casa mantinha a sua organização defensiva mas raras vezes conseguia manter a posse de bola ou sair em transições defesa-ataque. No entanto, contra a corrente do jogo, após um canto batido milimetricamente por Ricardinho para o 1º poste, o capitão resendense, Caê foge à marcação através de um deslocamento quebrado e faz um grande golo de cabeça. Após este tento, o Oliveira do Douro continuou por cima do adversário e gritou-se o golo do empate algumas vezes. A experiência dos atletas de Oliveira sobrepunha-se à imaturidade do Resende que utiliza regularmente os 6 juniores e 2 seniores de 1º ano do seu plantel. Ao intervalo a vantagem do Resende era de alguma forma injusta.

Na 2ª parte o Resende equilibrou o jogo e teve 2 boas oportunidades para fazer o 2-0, mas o guarda-redes Óscar e um defesa, sobre a linha de golo, negaram o golo a Ricardinho. Apesar de maior equilíbrio, o Oliveira continuava a jogar no meio campo do Resende e a proporcionar também excelentes intervenções ao guarda-redes Marco do Resende. Adivinhava-se o golo do empate que surgiu por volta do minuto 70 após uma jogada de insistência.
De imediato o Resende, na tentativa de chegar à vantagem, alarga a sua frente de ataque e muda o sistema táctico de 4-4-2 para 4-3-3 e passa a criar mais perigo. Alguns minutos depois o jogo dá uma reviravolta quando o guarda-redes Óscar é expulso alegadamente por palavras. Aí o treinador João vê-se obrigado a abdicar, do sempre perigoso avançado Matinhas para entrar Nuno para a baliza. Nos últimos 15 minutos o Resende obrigou o Oliveira a defender com tudo e mesmo reduzido a 10 e com alguma fadiga conseguiu aguentar o resultado e ainda ter uma boa oportunidade para marcar.

Relativamente à arbitragem as equipas reclamam uma grande penalidade para cada lado e algumas faltas visíveis que ficaram por marcar. O resultado acaba por ser justo pelo que se passou em campo.


Uma referência muito positiva para a quantidade de adeptos do Oliveira e também pelos cânticos de incentivo durante todo o jogo mesmo a com equipa a perder 1-0 até 20 minutos do fim. Simplesmente fantásticos;

De salientar o fair-play dentro do campo e lamentar a lesão do lateral Rui do Oliveira do Douro.

Rui Rebelo





segunda-feira, 16 de novembro de 2009

G.D.Resende vence o 1º classificado Abraveses

Estádio Municipal de Fornelos em Resende, cerca de 80 espectadores

Resende – 1
Marco (gr), Daniel, Nesco (expulso 55´), Adão, Ferro, Carlitos, Pedro Esteves, Caê, Ricardinho (Pataco 55´), João Ricardo (Pedro Teixeira 80´), Rui Felisberto (Roger 60´).
Não utilizados: Carlos (gr), Ricardo Silva, Bajardas, Rui Dias
golo: Rui Felisberto 20´
Abraveses – 0

domingo, 8 de novembro de 2009

G.D.Resende eliminado da taça

Besteiros - 3

Resende - 2
Carlos (gr), Rui Dias, Pedro Teixeira, Adão, Bajardas, Carlitos, Ricardo Silva (Daniel 80´), Hugo (Roger 70´), Ricardinho, Pataco (Rui Felisberto 50´), João Ricardo.
Não utilizados: Wilson (gr), Damien, Caê, Nesco.

evolução do marcador:
0 - 1 (João Ricardo 10´)
1 - 1 (25´)
1 - 2 (Ricardinho 55´)
2 - 2 (75´)
3 - 2 (80´)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Futebol: G.D. Resende perde em Vouzela


Vouzelenses - 4

G.D.Resende - 2
Marco (gr) (expulso 86´); Rui Dias; Paulo (expulso 46´); Nesco; Daniel; Carlitos; Pataco (João Ricardo 55´); Caê; Hugo; Ricardinho (Ferro 70´) (expulso 87´); Pedro Esteves (Bino 80´)(saiu lesionado 87´)

Não utilizados: Wilson(gr); Henrique; Pedro Teixeira; Rui Felisberto
evolução do marcador:
1-0 (Porteiro 1´)
1-1 Pedro Esteves (6´)
1-2 Pedro Esteves (30´)
2-2 (Bispo 44´)
3-2 ( ? 85´)
4-2 ( ? 93´) grande penalidade

sábado, 31 de outubro de 2009

Futsal: São Martinho Mouros, reforça a liderança


Depois de na época anterior o SMM não ter conseguido resultados desportivos condizentes com o que habituou os "amantes" do clube e da modalidade, aparece este ano, igual a si próprio, lutando pelo 1º lugar do campeonato da divisão de honra da A.F.Viseu.

Relembro que no ano de estreia, 04-05, o 3º lugar foi uma classificação fantástica. Em 07-08, lutou pela subida à 3ª divisão nacional até 5 jornadas do fim, perdendo fulgor e acabando por ficar em 5º lugar.

Ao longo dos últimos anos o clube tem visto sair do seu plantel algumas das suas referências como João Paulo, Claude, Vitorino Ferro, Serginho, Sandro ou Marcos, mas na realidade acaba por ter um plantel homogéneo e já bastante experiente. Afinal de contas o Futsal é uma modalidade colectiva, um jogo muito táctico/estratégico e essencialmente de passe/recepção, de leitura rápida com e sem bola.


A subida de divisão está longe de ser uma aposta assumida pelos responsáveis do SMM. Esta época os maus resultados do período preparatório apontavam para um ano similar ao anterior. No entanto a equipa, liderada pelo treinador José Fernando, à 5º jornada, está em primeiro lugar, tendo apenas uma derrota com a A.Académica. Na semana passada venceu em casa o então invicto Gumirães; hoje mesmo foi a Canas de Senhorim vencer a equipa da casa por 6-2.


Treinador experiente (ex-seleccionador distrital sub-19), plantel experiente (contou com o regresso de Quim, Fabian e de Samuel, após uma passagem pelo G.D.Resende), com uma mística única, com um público fiel e entusiasta, penso estarem reunidas as condições para que esta caminhada só pare na 3ª divisão nacional. Seria bom também para o Desporto do Concelho de Resende.


Por fim uma palavra ao guarda redes CUCO que está a fazer esquecer a lesão de Ronaldinho.


Para mais informações sobre o SMM e o Futsal:



domingo, 25 de outubro de 2009

2ª jornada da 1ª divisão zona Norte (A.F.Viseu)

G.D.Resende - 2
Marco (gr); Rui Dias; Paulo; Nesco; Daniel; Carlitos; Bino (Ricardo Silva 40´); Caê; Hugo (Pedro Teixeira 40´); Ricardinho (Pataco 80´); Pedro Esteves
Não utilizados: Carlos (gr); Ferro; Henrique; Roger
golos: Rui Dias 55´ e Caê 75´
Fornelos - 1
ao intervalo 0-1

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

1ª jornada da 1ª divisão zona Norte (A.F.Viseu)

Nespereira F.C. - 0
Ricardo; Rui Teles(Diogo), Márcio, Vilarinho, Nuno Cardoso; Tavares(Pepe), Sérgio Silva, Vítor Andrade; Vítor Hugo(Carlitos), Ruizito, Marcelo.

G.D.Resende - 1
Marco (gr), Paulo, Rui Dias, Nesco, Daniel, Carlitos, Bino (Ricardo Silva 75´), Hugo, Caê (cap.), Pataco (Henrique 80´), Rui Felisberto (Roger 55´)
Não utilizados: Carlos (gr), Pedro Teixeira, Damien.

golo: Caê (35´)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Plantel G.D.Resende 09-10

GUARDA-REDES
Marco (Resende) renovou
Carlos (Lamego) ex-G.D.Pesqueira
Wilson (Resende) ex-júnior

DEFESAS
Rui Dias (Resende) ex-júnior
Adão (Resende) livre
Daniel (Resende) júnior
Ferro (Resende) renovou
Nélson Bajardas (Cinfães) ex-G.D.Boassas
Pedro Teixeira (Resende) júnior
Paulo (Resende) renovou

MÉDIOS
Carlitos (Resende) renovou
Damien (Resende) júnior
Caê (Resende) renovou
Bino (Resende) livre
Hugo (Resende) júnior
Pataco (Resende) ex-júnior
Ricardinho (Resende) ex-S.M.Mouros/Futsal
Ricardo Silva (Resende) livre

AVANÇADOS
Nesco (Cinfães) ex-Oliveira do Douro
Roger (Resende) júnior
Rui Felisberto (Resende) júnior
Henrique (Águeda) renovou
Pedro Esteves (Resende) livre

Equipa Técnica: Rui Rebelo / Sandro Lage

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

G.D.Resende

Juniores - 1ª jornada

Sábado, dia 3 de Outubro às 15 horas

G.D.Resende 4 - 1 Fornelos
Seniores - jogo de preparação
Domingo, dia 4 de Outubro às 16 horas

G.D.Resende 3 - 0 G.D.Boassas
golos: Nesco, Caê e Rui Felisberto
G.D.Resende: Carlos (gr), Bino, Pedro Teixeira, Adão, Ferro, Carlitos, Esteves, Caê (cap.), Ricardinho, Nesco e Ricardo Silva.
jogaram ainda: Marco (gr), Wilson (gr), Daniel, Roger, Pataco, Rui Dias, Rui Felisberto, Hugo, Paulo e Nélson Bajardas.
equipa de arbitragem: Perdo Soares, Sandro Lage e Albino Pina

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Jogo de preparação G.D.Resende

20 de Setembro de 2009 - Estádio de Fornelos


G.D.Resende 4 - 0 Barqueiros (A.F.Vila Real)
marcadores: Rui Felisberto (2); Caê e Carlitos


G.D.Resende
Marco (gr), Pedro Teixeira, Rui Dias, Nesco, Ferro, Carlitos, Caê, Hugo, Pataco, Ricardinho, Rui Felisberto
jogaram ainda: Wilson (gr), Bino, Filipe, Daniel, Ricardo, Paulo

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Novo Estádio G.D.Resende

Espectacular o projecto do novo Estádio de Fornelos. O Presidente da Câmara Municipal de Resende é sem dúvida nenhuma o ... "Mourinho da Política"!

A partir de agora é muito importante fazer do Grupo Desportivo de Resende um clube capaz de estar ao nível das suas infra-estruturas desportivas e da sua história (fundado em 1928 e filial nº2 do F.C.Porto).
De nada servirá um estádio desta qualidade se não existir um clube com capacidade para o "rentabilizar".


Finalmente as crianças e jovens resendenses poderão trocar a lama e um terreno irregular por um relvado sintéctico.

Clic no link para ver a apresentação:
http://www.youtube.com/watch?v=pGU3axt4IJ4

sábado, 18 de julho de 2009

Entrevista a José Mourinho

Não sou agarrado a conceitos. No entanto, aquilo que leio faz-me reflectir sobre assuntos que para muitos são conceitos transformados em verdades absolutas. Desculpem-me os que são crentes, mas para nós não passam de vocabulário desactualizado.Refiro-me a conceitos como treino físico, preparação física, pastas de preparação física, entre outros. Não critico quem pensa desta forma. Critico quem compara o nosso processo com outros processos. Os processos de treino e competição são todos diferentes. Para nós é uma questão de concepção, mas mais do que isso é uma questão de “operacionalização”. Começo por dizer o que tenho dito noutras alturas: não tenho preparador físico, pelo que não posso ter pastas de preparação física, pois como líder responsável pelo processo não teria pasta para lhe dar! Tenho sim colaboradores no processo de treino e jogo, com funções muito específicas, de acordo com as necessidades de gestão de uma época longa. Tudo se relaciona com a forma como treinamos. Não temos espaço para o treino físico, isto é, não temos espaço para os tradicionais treinos de resistência, força ou velocidade. É tudo uma questão de comportamentos! Exercitamos o nosso modelo de jogo, exercitamos os nossos princípios e subprincípios de jogo, adaptamos os jogadores a ideias comuns a todos, de forma a estabelecer a mesma linguagem comportamental. Trabalhamos exclusivamente as situações de jogo que me interessam, fazemos a sua distribuição semanal de acordo com a nossa lógica de recuperação, treino e competição, progressividade e alternância. Criamos hábitos com vista à manutenção da forma desportiva da equipa, que se traduz por um frequente “jogar bem”.Sei que é uma questão difícil de desmontar sob o ponto de vista cultural. Além do mais existem pessoas, por direito próprio, a pensar de forma radicalmente oposta. Mesmo para os que dizem treinar com situações de jogos reduzidos, porque mesmo esses vivem agarrados e obcecados com tempos de exercitação, de repouso, repetições, etc. Todas estas questões são para nós “acessórias”. O que é crucial é mesmo o conteúdo de princípios de jogo inerentes a cada exercício e a relação interactiva que estabelecemos com o mesmo. O que é mesmo fundamental é entender que aquilo que procuramos é a qualidade de trabalho e não a quantidade, treinar para jogar melhor.


José Mourinho, na revista Record DEZ de 15 de Outubro de 2005

Publicada por Nuno Amieiro em http://falemosfutebol.blogspot.com

domingo, 31 de maio de 2009

Formas de Ensino dos Jogos Desportivos Colectivos - Futebol


Formas centradas nas Técnicas

Características
- Das técnicas analíticas para o jogo formal;
- O jogo é decomposto em elementos técnicos (passe, recepção, drible,...);
- Hierarquização das técnicas (1º a técnica A, depois a técnica B, etc.).

Consequências
- Acções de jogo mecanizadas, pouco criativas, comportamentos estereotipados;
- Problemas na compreensão do jogo (leitura deficiente, soluções pobres).


Forma centrada no Jogo Formal
Características
- Utilização exclusiva do jogo formal;
- O jogo não é condicionado nem decomposto;
- A técnica surge para responder a situações globais não orientadas.

Consequências
- Jogo criativo mas com base no individualismo; virtuosismo técnico contrastando com anarquia táctica;
- Soluções motoras variadas mas com inúmeras lacunas tácticas e descoordenação das acções colectivas.

Formas centradas nos Jogos Reduzidos Condicionados
Características
- Do jogo para as situações particulares;
- O jogo é decomposto em unidades funcionais; jogo sistemático de complexidade crescente;
- Os Princípios do Jogo regulam a aprendizagem;

Consequências
- As técnicas surgem em função da táctica, de forma orientada e provocada;
- Inteligência táctica: correcta interpretação e aplicação dos Princípios do Jogo; viabilização da técnica e criatividade nas acções de jogo.


PRINCÍPIOS DE JOGO
penetração x contenção
cobertura ofensiva x cobertura defensiva
mobilidade x equilíbrio
espaço x concentração



Formas metodológicas de abordagem dos JDC (adap. Garganta, 1985)

sábado, 11 de abril de 2009

À conversa com Professor Vítor Frade - Faculdade Desporto Universidade do Porto

Mexer ou não mexer, eis a questão!
Nuno Amieiro (NA): Professor, até que ponto faz sentido pensar-se em alterar a «configuração física» a um jogador para que este venha a ser algo mais do que aquilo que é? Isto é, no sentido de, por exemplo, o «engrossar» para ser mais resistente ao choque ou para ir ao encontro de um qualquer estereótipo corporal de defesa, médio ou avançado?
Vítor Frade (VF): Antes de mais, é necessário reflectir sobre a designação que está a utilizar, a expressão «configuração física». Por exemplo, diz-se muitas vezes o seguinte: “Aquele jogador não vai jogar porque tem um problema físico”. Será que quem diz isto está a querer dizer que lhe falta resistência ou qualquer outra coisa relacionada com o físico? Não. Por isso, para mim, o que o jogador tem é um problema clínico. É preciso algum cuidado com a terminologia para que o entendimento das coisas seja um determinado. Em relação à sua pergunta, parece-me mais ajustado falar em morfotipo do jogador e, no meu entender, pensar-se em o alterar é uma asneira de todo o tamanho. As exigências que regularmente o indivíduo vai enfrentando vão tornando-o mais resistente e mais capaz e não devemos querer ir mais longe do que isso, pois na tentativa de ganhar determinadas coisas, iremos perder uma série de outras coisas.Não me custa nada reconhecer que, para certas posições e funções, o morfotipo e a estatura são relevantes, em termos de média. Mas, por exemplo, no caso do ponta-de-lança até menos do que no caso do defesa central. E mesmo aí todos nós conhecemos defesas centrais de top que são relativamente baixos, onde aquilo que os identifica como característico tem normalmente pouco a ver com o lado externo do morfotipo, aquilo que designou por «configuração física», e muito mais com a articulação e os timings de utilização de uma série de outras coisas. Veja, por exemplo, o caso do Liedson... Ele é «felino» e para ser «felino» e eficaz, tem de ser inteligente, tem de ser capaz de decifrar, de se antecipar... Mas vou-lhe dar outro exemplo. O Pepe tem uma entrevista recente, num jornal espanhol, onde diz que presentemente também está a fazer musculação para o trem superior, para o tronco, porque, refere-o ele, joga-se muito disputadamente, os pontas-de-lança são grandalhões, o tipo de jogo proporciona muitas disputas e, nesse sentido, ele sente a necessidade de ser espadaúdo para poder enfrentar essas circunstâncias. Mas também diz que se sente à nora quando lhe aparece um ponta-de-lança pequenino...
NA: O professor está a querer dizer que ele pode vir a perder algo do Pepe que conhecíamos?
VF: Ele já está a dizer que está a perder!!!... Porque, quando ele não era espadaúdo ou não ia para o ginásio com esse fim, ele foi capaz de ser vendido por 30 milhões de euros e penso nunca o ter ouvido afirmar que os jogadores pequeninos lhe davam problemas... Não sei... Mas, ao que parece, ele agora está a senti-las. Porque, e isto é que é importante que se perceba, a acentuação de qualquer uma que seja considerada como variável tem repercussões no peso que as outras tinham no padrão de relação que existia. E, pelo menos ao nível da formação, esta lógica de pensamento é um absurdo, embora eu também esteja em desacordo com ela no que se refere ao rendimento superior... Era admitir que seria vantajoso «engrossar» o Liedson... O Liedson nunca mais seria o Liedson! E, provavelmente, aquilo que o fez ser Liedson foi o facto de ele não ter esse arcaboiço.Eu conheci o Anderson e, para mim, ele era potencialmente um dos melhores jogadores do mundo como médio interior. Eu estava convencido de que, a continuar na mesma posição e nas mesmas funções, ele seria do melhor. Precisamente na posição onde hoje é mais difícil de encontrar jogadores daquele tipo. Foi para o Manchester e passou a jogar mais atrás... Disseram logo que tinha de ganhar não sei o quê... E dizem agora que ganhou isto e aquilo... Ganhou o quê? A maioria das vezes eu nem o vejo a jogar. E o que perdeu sei eu muito bem. Dizem que ganhou capacidade defensiva, que está outro jogador e mais não sei o quê. Pois está! Está outro, sem aquilo que tinha e que, do meu ponto de vista, é o mais difícil de ter: capacidade de desequilibar no último terço, capacidade de deixar pronto no último terço, etc, etc... Ora, tudo isto tem origem em dois pontos de conhecimento: o conhecimento de jogo que se tem, ou melhor, que não se tem; e o conhecimento retrógrado, miúpe e mecânico que se tem do que é o Indivíduo. É necessário saber um pouco das duas coisas...
NA: Deixe-me pegar agora no exemplo do Cristiano Ronaldo... A generalidade das pessoas está claramente convencida de que o que ele é hoje enquanto jogador se deve em grande parte ao trabalho de ginásio que desenvolveu e provavelmente continua a desenvolver...
VF: Isso rebate-se com facilidade. O Cristiano tem um morfotipo e joga numa posição que pode permitir que o lado atlético seja um acrescento. Mas eu penso que a juventude dele e o facto de estar a jogar em Inglaterra ainda não o fez dar-se conta do desperdício que é o não uso tão regular da capacidade de drible, de simulação e de engano que ele tinha. E o jogo assente neste padrão atlético em que ele se está a viciar e do qual beneficiam os abdominais e o porte que ele tem, tirou-lhe algo que ele também tinha potencialmente, que era aquele poder de «ginga», que é mais o registo, por exemplo, do Messi. E eu pergunto, alguém no seu perfeito juízo é capaz de dizer que o Cristiano Ronaldo é melhor do que o Messi? Na melhor das hipóteses dirão que um é tão bom quanto o outro. E o Messi é exactamente o oposto em termos de morfotipo: é pequeno, enfezado,... E é doente, pois tem problemas metabólicos.Acho que o que é fundamental é que o jogador tenha a capacidade de resistir e de ter força... Mas é importante que se perceba o que eu quero dizer com isto, pois não tem nada a ver com o entendimento comum... Repare na conversa que há pouco estávamos a ter sobre o Fábio Coentrão. O Coentrão, sendo um indivíduo débil, frágil, numa disputa de bola contra dois jogadores matulões do FC Porto, o Cissokho e o Rolando, conseguiu, com uma «ginga», sentar os dois e ir embora com a bola... Isto, para mim, é que é ter força. Ter capacidade de arrancar, travar, voltar a arrancar mas pelo lado contrário...
NA: O Fábio Coentrão é claramente o tipo de jogador que, normalmente, sente na pele este modo mutilador de pensar... «Ele é bom jogador, mas falta-lhe...»...
VF: Porque a lógica que está implantada é a lógica da burrice. A cada passo vemos e ouvimos apregoar uma série de slogans que vão ao encontro desse tipo de raciocínio. Até na escolha dos miúdos ao nível da formação se ouve, sistematicamente, coisas como «Eh pá, é habilidoso, mas é pequenino». É um absurdo. Por exemplo, o Liedson, não sendo um fora-de-série, ao nosso nível é um jogador fantástico e é pequenino, como o era o Romário e uma série de outros bons jogadores.Mas o ridículo desta questão é fácil de constatar. Se nós formos perguntar aos indivíduos que fazem a apologia do físico, da altura, do corpo «engrossado» qual é o melhor jogador do Benfica, quase todos eles respondem que é o Aimar. Se perguntarmos em relação ao Sporting, quase todos eles dizem que é o Liedson e o João Moutinho. Se perguntarmos em relação ao FC Porto, quase todos eles referem o Lucho, que por acaso é alto, mas não é de cabeça que ele sobressai e é adelgaçado. Se perguntarmos em relação ao Barcelona, quase todos eles apontam o Messi, o Xavi e o Iniesta... Da mesma maneira que quando perguntaram a um ex-director técnico nacional do atletismo o que ele pensava do Usain Bolt, o campeão olímplico dos 100 metros, ele respondeu que era «um diamante em bruto». Um indivíduo que acaba de bater todos os recordes é «em bruto»? Está implícito na resposta dele que, quando o Usain Bolt fizer musculação e uma série de outras coisas, vai voar como os crocodilos... Mas, espere lá, os crocodilos não precisam de voar para serem crocodilos!... O que se deveria fazer era parar e pensar que a seguir ao Carl Lewis, todo o morfotipo que surgiu era de indivíduos estilo Caterpillar e que, agora, aparece este atleta com um morfotipo longilíneo a bater todos os recordes. Mas é o próprio Usain Bolt quem diz que não faz musculação, que treina na relva e que as únicas cargas que utiliza é ao fazer competições de 60 metros com um colega a puxar um pneu. E diz que dança muito por ser da terra do reggae!Quem souber um bocadinho sobre aprendizagem motora, sobre coordenação motora, sobre timing de manifestação muscular e de coordenação muscular, etc, acaba por se afastar dessa forma de pensar que é mutiladora. Mas até aqui na faculdade há professores que dizem que o músculo é cego. Cegos são eles, porque o músculo é, manifestamente, muito mais, um orgão sensitivo do que um orgão gerador de potência. E, se calhar, ao mesmo tempo que dizem que o músculo é cego, defendem que é importante a proprioceptividade. Ou seja, não sabem o que estão a dizer. Porque a proprioceptividade é precisamente o que faz do músculo fundamentalmente um órgão sensitivo. Portanto, uma série de mecanoreceptores que se alteram para captarem, digamos assim, a evolução do corpo no tempo e no espaço. Ora, o futebol de qualidade, para qualquer posição, apresenta uma diversidade de agilidade e mobilidade que... Eu costumo dizer que a ignorância é atrevida p’ra caraças...
NA: Um dos argumentos de que eu me costumo servir para tentar evidenciar o quanto pode ser prejudicial querer «transformar» um jogador tem a ver com algo para o qual o professor alerta frequentemente... Eu, enquanto elemento da minha espécie ainda não estou totalmemente adaptado ao bipedismo e, portanto, muito menos preparado para jogar futebol. Ou seja, eu tenho uma história, para o caso «motora», que, em parte, partilho com a minha espécie e que, em parte, é pessoal, fruto das minhas vivências. Se pensar em ir «engrossar» ou tentar ganhar algo que, em termos corporais, não tenho, vou estar a interferir com essa história, que é património meu. Com isso, provavelmente, vou estar a hipotecar muito desse «património coordenativo» que o envolvimento a que estive sujeito durante anos me levou a adquirir «contra-natura» hominídea!
VF: Eu já não quis ir por aí, porque esse caminho levar-nos-ia a 3 ou 4 horas de conversa... Mas, repare, é também preciso perceber que à volta de tudo isto há um jogo de interesses muito grande. Por exemplo, qual é uma das indústrias mais ricas do mundo? É a indústria do armamento. E alguém fabrica o que quer que seja para não vender? Com certeza que se têm de criar condições para que as coisas se usem... E depois, no caso do futebol, a publicidade também assume um papel muito importante, pois vem dizer que uma série de coisas são indispensáveis, que é necessário fazer isto e aquilo para que se marque dois golos com um pontapé só, e servem-se de alguns exemplos que facilmente caem no absolutismo pela falta de conhecimento que as pessoas têm acerca do jogo e acerca do Indivíduo.
NA: Para acabar, uma pergunta muito directa: porque é que o facto de eu ir fazer musculação vai alterar aquela que é a minha história de relação com o corpo?
VF: De um modo muito simples, porque altera a relação do corpo com o corpo, ou seja,... Há dois tipos de timing. O timing coordenativo dos músculos entre si, que é a co-contractividade, portanto, vão existir cadeias que passam a degladiar-se, que se passam a estorvar umas às outras. Porque é uma coordenação que se coloca contrária à fluidez que sugere e solicita a espontaneidade do jogo de futebol. Para além disso, há outro tipo de timing, que tem a ver com o ajustamento muscular à alteração sistemática regular que o envolvimento coloca. Ao fazer musculação vai estar a bulir com isso, vai estar a enganar o sistema nervoso. Portanto, vai obstruir o leque de possibilidades de manifestação que o corpo tinha a jogar futebol. E se o fizer quando em desenvolvimento vai inclusivamente bloquear o crescimento, por exemplo, dos ossos e de outras estruturas. Vai hipertrofiar uma zona que é muscular quando nós sabemos que os tendões não se desenvolvem da mesma forma... Porque não é natural! É como aqueles indivíduos que tinham uns carrinhos pequeninos e lhes rebaixavam a colaça, colocavam umas jantes largas, uma suspensão mais dura, etc, para se armarem em corredores... Só que depois partiam os carros por outro lado...



sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Estratégias para melhorar a relação TREINADOR-ATLETA


Torna-se fundamental que o treinador seja um prático reflexivo, isto é, proceda de uma forma regular à autoavaliação dos seus próprios comportamentos. De acordo com esta perspectiva, Smol e Smith (1984, citados por Serpa, 1996) sugeriram algumas linhas de orientação práticas para os comportamentos dos treinadores:

I – REACÇÃO FACE AOS COMPORTAMENTOS DOS ATLETAS
a) Boa jogada (ou prova)
FAZER – feedback de reforço, valorizar tanto o esforço como o resultado, olhando para os aspectos positivos daquilo que fazem.
NÃO FAZER – partir do princípio que o esforço dos atletas é uma obrigação.
b) Erros (falhas variadas)
FAZER – feedback de encorajamento e instruções para corrigir o que esteve mal. Falar em coisas boas que podem acontecer se cumprirem as indicações.
NÃO FAZER – castigar, a punição pode ocorrer de várias formas (substituição, expressão facial e/ou gestos).
c) Comportamentos inadequados (faltas de concentração)
FAZER – explicar que num jogo todos os atletas fazem parte da equipa (mesmo os que estão no banco), reforçar positivamente a participação na equipa.
NÃO FAZER – ameaçar os atletas, recorrer a castigos físicos (flexões, abdominais).

II – DEIXAR QUE AS COISAS POSITIVAS ACONTEÇAM
FAZER – desempenhar o papel de professor, considerando a participação desportiva como uma experiência de aprendizagem. Intervir sempre de forma positiva e clara, exemplificando como se faz.
FAZER – encorajar de uma forma selectiva em vez de pedir e/ou exigir resultados.
FAZER – concentrar-se no jogo (ou prova), estar na competição com os atletas, sendo o principal exemplo para a coesão da equipa.
NÃO FAZER – ironizar ou gozar através das instruções. Não irritar os atletas.