Na próxima época que classificação conseguirá o FC Paços Gaiolo?

quarta-feira, 31 de março de 2010

PERIODIZAÇÃO TÁCTICA



Princípios Orientadores Metodológicos

. a componente Táctica comanda todo processo de treino: as outras componentes (física, técnica, psicológica e cognitiva) deverão surgir em função das exigências dos aspectos tácticos e do Modelo de Jogo Adoptado (MJA);
. estar em forma é cumprir as exigências do Modelo de Jogo Adoptado (MJA) e não, apenas, estar bem fisicamente....;
. trabalhar com intensidades altas relativas;
. o volume (tempo de execução do exercício) nunca deve prejudicar a intensidade (velocidade de execução do exercício);
. operacionalizar o princípio da especificidade do MJA (os exercícios de treino deverão, sempre que possível, ser situações que acontecem no contexto jogo);

. atender à planificação Táctica Semanal (MJA / Sub.Modelo Táctico-estratégico em função do próximo adversário);
· uma vez que se trabalha com intensidades altas, é necessário não descurar os processos de recuperação dos jogos e treinos (estiramentos/exercícios aeróbios);
· exercícios devem ser motivadores/lúdicos e sempre com competição (tal como no jogo).


Numa metodologia de PERIODIZAÇÃO TÁCTICA apresento um exemplo de INTENSIDADES DE TREINO, para uma equipa amadora, com um micro-ciclo semanal de 4 unidades


* nota: os conteúdos de treino que apresento como exemplo devem, sempre que possível, ser operacionalizados em função das questões tácticas do MJA (exemplo: finalização, fruto das movimentações ofensivas definidas no MJA)



- Domingo: jogo (intensidade 100%)

- 2ª feira: treino recuperação (está provado cientificamente que a recuperação deve ser efectuada o mais perto possível do jogo)
em regime aeróbio:
*futevolei;
*trabalho técnico;
*circulação táctica/finalização
(...)

- 3ª feira: folga

- 4ª feira e 5ª feira: as unidades de treino de maior intensidade (90 %, 80% ) uma vez que são os 2 dias a meio da semana
* transições defesa-ataque-defesa
(...)
- 6ª feira: redução da intensidade (70%) com o aproximar da competição
* organização ofensiva/defensiva;
* esquemas tácticos (situações estratégicas, "bolas paradas")
(...)

BIBLIOGRAFIA
- Mourinho: porquê tantas vitórias - Bruno Oliveira, Nuno Amieiro, Nuno Resende, Ricardo Barreto (2006)
- No treino Futebol rendimento superior a recuperação é...muitíssimo mais que recuperar - Carlos Carvalhal (2001)
- Apontamentos do Curso treinadores de Futebol - A.F.Viseu (2001)

domingo, 21 de março de 2010

Psicologia do Desporto


Estratégias para melhorar a relação treinador-atleta

Torna-se fundamental que o treinador seja um prático reflexivo, isto é, proceda de uma forma regular à autoavaliação dos seus próprios comportamentos. De acordo com esta perspectiva, Smol e Smith (1984, citados por Serpa, 1996) sugeriram algumas linhas de orientação práticas para os comportamentos dos treinadores:

I – REACÇÃO FACE AOS COMPORTAMENTOS DOS ATLETAS
a) Boa jogada (ou prova)
FAZER
– feedback de reforço, valorizar tanto o esforço como o resultado, olhando para os aspectos positivos daquilo que fazem.
NÃO FAZER – partir do princípio que o esforço dos atletas é uma obrigação.
b) Erros (falhas variadas)
FAZER
– feedback de encorajamento e instruções para corrigir o que esteve mal. Falar em coisas boas que podem acontecer se cumprirem as indicações.
NÃO FAZER – castigar, a punição pode ocorrer de várias formas (substituição, expressão facial e/ou gestos).

c) Comportamentos inadequados (faltas de concentração)
FAZER
– explicar que num jogo todos os atletas fazem parte da equipa (mesmo os que estão no banco), reforçar positivamente a participação na equipa.
NÃO FAZER – ameaçar os atletas, recorrer a castigos físicos (flexões, abdominais).

II – DEIXAR QUE AS COISAS POSITIVAS ACONTEÇAM
FAZER – desempenhar o papel de professor, considerando a participação desportiva como uma experiência de aprendizagem. Intervir sempre de forma positiva e clara, exemplificando como se faz.
FAZER – encorajar de uma forma selectiva em vez de pedir e/ou exigir resultados.
FAZER – concentrar-se no jogo (ou prova), estar na competição com os atletas, sendo o principal exemplo para a coesão da equipa.
NÃO FAZER – ironizar ou gozar através das instruções. Não irritar os atletas.